quarta-feira, 20 de abril de 2011

O Brasil está pronto para a economia do conhecimento?

retirado do site: http://www.hsm.com.br

Confira a entrevista com Gilson Schwartz, líder do grupo de pesquisa Cidade do Conhecimento da Universidade de São Paulo (USP), sobre as novas tecnologias sociais e o que falta para o Brasil se inserir neste contexto
O mundo mudou. As empresas mudaram. E a moeda dos negócios passa a ser cada vez mais o compartilhamento. Em entrevista ao Portal HSM, o prof. Gilson Schwartz, líder do grupo de pesquisa Cidade do Conhecimento da Universidade de São Paulo (USP), fala sobre as novas tecnologias da informação. Para ele, a economia do conhecimento existe quando criar valor depende da inteligência coletiva mediada por redes digitais.
Gilson estará presente no ciclo “Moedas Criativas” entre os dias 22 e 26 de março para discutir qual é o sistema tecnológico, político e ético necessário para integrar o Brasil na sociedade do conhecimento e na economia dos ícones digitais. Na ocasião, será lançado ainda o livro “Mesh – O Futuro dos Negócios é Compartilhar”, de Lisa Gansky, guru da nova economia digital no Vale do Silício (EUA).
Confira a entrevista completa.

Portal HSM: Como podemos definir a economia do conhecimento?
Gilson Schwartz: Ao longo da história, as mudanças econômicas sempre foram associadas a transformações tecnológicas, ou seja, alterações nos instrumentos 
por meio dos quais nos relacionamos, seja com a natureza (agricultura, exploração de fontes energéticas como água, tração animal, vapor ou combustíveis fósseis), seja
com nossos semelhantes (servidão, escravidão, trabalho assalariado). 
Pela primeira vez na história, a mudança econômica deixa de estar relacionada com
ferramentas ou instrumentos para manipular o material (natural ou humano), pois o que agrega valor, o que abre mercados, o que gera riqueza é o uso competente de tecnologias da inteligência, ou seja, tecnologias de informação e comunicação.


Portal HSM: Qual será o futuro da sociedade do conhecimento? 
GS: O futuro já chegou e países com sistemas educacionais, tecnológicos e culturais primitivos, de baixo dinamismo e criatividade restrita perdem competitividade. A difusão das tecnologias de informação e comunicação depende de consumidores, produtores e reguladores (governos e agências de interesse público) mais preparados. 
Se essa base econômica tem pouca intensidade em ativos intangíveis, a sociedade permanece atada aos modelos de consumo de massa do século 20. Isso não significa que as próprias tecnologias da inteligência tenham ficado estagnadas ao longo da história. Evoluíram os meios de registrar nossas memórias, conhecimentos e atividades. Porém, pela primeira vez é a evolução dessas tecnologias de processamento de informação e comunicação, as chamadas TICs, que se tornam o principal motor do desenvolvimento econômico, político e cultural. A economia do conhecimento existe quando
criar valor depende da inteligência coletiva mediada por redes digitais.
 
Portal HSM: Como o Brasil pode crescer inovando por meio das tecnologias de informação e comunicação? 
GS: Acredito que estamos já na era da economia, ou seja, a economia dos ícones. Criei essa disciplina de graduação na USP que é oferecida para alunos de engenharia, estatística, computação, economia, administração, contabilidade, comunicações e artes, direito. Para que possamos avançar, busco uma nova perspectiva teórica, novos conceitos de educação profissionalizante, uma nova prática nas áreas de cultura e extensão na universidade, uma aproximação não apenas entre áreas do conhecimento, mas também entre práticas sociais no setor privado, no setor público, na academia e no chamado terceiro setor. Mas criar uma disciplina nova na USP, ainda que difícil, é bem mais fácil do que ver essas convergências conceituais e práticas avançarem na prática. 

Portal HSM: Quais as políticas públicas necessárias para inserir o Brasil de vez na economia do conhecimento? 
GS: Ainda estamos presos no Fla-Flu em torno da propriedade privada, de um lado, e do aparelhamento ideológico do Estado, de outro. A mudança cultural e prática ocorre aos poucos e, sempre é bom lembrar, com recuos, fracassos e desvios. O Brasil está muito atrasado no investimento em infra-estrutura tecnológica e formação profissionalizante voltadas para a emancipação digital (ou seja, a inclusão digital que gera riqueza, identidade e conhecimento, não apenas oportunidade de consumo de máquinas ou serviços de massa). 
Os episódios se sucedem numa longuíssima novela em que ora se fala do FUST, ora da banda larga, outrora foi o GESAC – para tudo se acabar na quarta-feira. Temos que superar a carnavalização da inclusão digital e crescer com políticas públicas e empreendedorismo digital. Finalmente, do ponto de vista estritamente financeiro, estamos ainda engatinhando no mundo da inclusão. 
Foi somente em 2009 que o Banco Central organizou o I Forum de Inclusão Financeira. No ano passado ocorreu o segundo. A chave da expansão econômica contemporânea está na chamada “base da pirâmide”. Os dois mandatos do governo Lula colocaram esse modelo em evidência e a percepção de que a lógica do desenvolvimento de baixo para cima exige novos modelos e ganha espaço em todo mundo. 
Passamos da globalização financeira para uma nova era de financiamento à sustentabilidade da inclusão social que nem economistas, nem engenheiros e menos ainda cientistas sociais se prepararam para estudar e influir.

Portal HSM: Falando um pouco sobre o livro “Mesh – O Futuro dos Negócios é Compartilhar”, de Lisa Gansky, guru da nova economia digital no Vale do Silício (EUA). Como podemos definir este novo tipo de moeda? 
GS: Um novo capitalismo surge no século 21 animado por uma redução radical nos custos de coordenação numa variedade impressionante de atividades humanas. A colaboração no mercado chegará a níveis inéditos, privilegiando o acesso compartilhado em detrimento da propriedade pura e simples. O capitalismo se reinventa valorizando uma nova forma de coletivismo.
No centro dessa nova formação social e econômica está a “mesh”, ou seja, um tipo de colaboração que se torna viável e ganha potência por meio da rede digital, das tecnologias de informação e comunicação (a “network assisted sharing”). A coordenação, privada ou pública, substituirá a propriedade privada de um número enorme de ativos por parte dos individuos, das familias e das empresas.
 
Portal HSM: Como as empresas devem estar neste contexto?
GS: A “mesh” revoluciona profundamente a atividade humana gerando disrupção na maior parte das indústrias e instituições, não apenas na chamada indústria cultural ou economia criativa. Para os empreendedores criativos será uma oportunidade histórica sem precedentes para gerar valor reinventando setores e abrindo novas fronteiras de mercado. Do jovem que ainda está nos bancos da faculdade aos dirigentes das grandes empresas globalizadas, quem ficar fora da “mesh” será incapaz de competir, por não saber compartilhar.

Serviço
Ciclo “Mesh com Moedas Criativas”
Data: 22 a 26 de março, na Universidade de São Paulo
Mais informações: www.cidade.usp.br

terça-feira, 19 de abril de 2011

vem ai!!! 1° Fórum Acadêmico de Sustentabilidade de Tangará da Serra



As empresas nunca investiram tanto em sustentabilidade como nestes últimos anos. Depois de agredirem o meio ambiente e de usarem seus recursos, convictos de que tudo era infinito, essa realidade mudou e hoje empresa lucrativa é aquela que protege os recursos naturais que utiliza.

A população também se conscientizou e pouco utiliza produtos que agridem o meio ambiente na sua fabricação. Felizmente hoje é comum ver nos rótulos o selo verde que indica que aquele produto foi fabricado sem agredir o meio ambiente, e isso é o que atrai consumidores conscientes; a garantia de estar comprando produtos ecologicamente corretos e sustentáveis.

A sustentabilidade está em foco, alguns especialistas chegam a dizer que este será o tema mais discutido de 2011. O 1° Fórum Acadêmico de Sustentabilidade de Tangará da Serra tem como objetivo discutir idéias, criar soluções simples para as empresas tangaraenses.

Os acadêmicos do curso de Administração querem demonstrar sua preocupação e ao mesmo tempo afirmar que é nas universidades que surgem as ideias revolucionárias. Assim este projeto visa mostrar às empresas que podem deixar de ser parte do problema e fazerem parte da solução. Afinal, o acadêmico não é mero estudante e sim, um jovem formador de opinião.



O 1° Forum Adecemico de Sustentabilidade em Tangará da Serra ocorrerá no dia 21 de maio de 2011, a partir das 14:00 horas no Bosque Municipal de Tangará da Serra.



Siga o projeto no twiiter: @nossolegado
Texto escrito pelo Academico Jorge Nazzari

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Endomarketing envolve funcionários no cumprimento de metas

Empresas usam técnicas de Marketing para incentivar e envolver seus colaboradores no negócio

Por Guilherme Neto, do Mundo do Marketing | 09/07/2009

Fonte Mundo do Marketing

O Marketing vem se especializando a cada ano em técnicas de envolvimento de consumidores. Em uma sociedade onde cada vez mais se exige um relacionamento com seus stakeholders para a propulsão dos negócios, um dos públicos mais importantes acaba não sendo muito discutido: os funcionários.
É pensando nesses colaboradores e na sua importância no sucesso das empresas que muitas delas estão apostando no Endomarketing. A disciplina ainda gera uma certa confusão. Há aqueles que dizem que significa toda e qualquer ação de comunicação interna, enquanto há quem acredita que trata-se de ações de incentivo a funcionários.
Para Analisa Brum, sócia-diretora da HappyHouseBrasil, agência especilizada na área, “quando a empresa repassa uma informação, utilizando canais oficiais, está fazendo Comunicação Interna. Mas quando, para repassar a informação, se utiliza de técnicas e estratégias de marketing como cor, frase de efeito, foto, materiais diferenciados, etc., está fazendo endomarketing”, define em entrevista ao Mundo do Marketing.
Redes Centauro e ByTennis são clientes há dois anos e meio
A agência atua há mais de oito anos no segmento e hoje atende clientes como Renner, Santander, Souza Cruz e a Vale. O Grupo SBF, dona das redes Centaro e ByTennis, vem desde fevereiro de 2007 investindo em um programa que inclui diversas ações pontuais, como incentivo com grandes premiações e metas agressivas.

Apenas no penúltimo programa de incentivo realizado, as Olimpíadas SportCard, foram entregues na grande final três carros aos ganhadores. O SportCard é o produto financeiro do Grupo SBF e o objetivo do programa foi aumentar a base de cartões aprovados, através da força de vendas das equipes de loja, reconhecendo os melhores vendedores.
Uma ferramenta de comunicação interna criada foi o Fórum Lance Livre que, inspirando-se nas redes sociais da internet, promove o intercâmbio e a busca de informações entre os colaboradores da empresa sobre assuntos corporativos e informações técnicas de produtos. A ferramenta ainda tem a vantagem de possuir um moderador para cada assunto, que acompanha o que é publicado.
Trabalho começou ouvindo os próprios funcionários
No Grupo SBF, o trabalho começou do zero. A empresa primeiro ouviu seus colaboradores. A partir dos resultados desse diagnóstico, foi implantado um processo de Comunicação Interna que incluiu campanhas de endomarketing, entre elas de Marketing de Incentivos, de benefícios e outras.

“Ao informar, integrar, facilitar e realizar a troca de informação entre os colaboradores e a empresa, construímos um sentimento de lealdade e, assim, criamos um relacionamento que compartilha objetivos, expectativas e responsabilidades”, ressalta Patrícia Melo, gerente de comunicação interna do Grupo SBF.
O trabalho da HappyHouseBrasil começa sempre com diagnóstico e planejamento. Depois, na continuidade do processo, se responsabiliza pelo planejamento, criação, produção e logística de tudo o que o cliente faz em nível de Comunicação Interna. Para o Grupo SBF, além de fazer todas as campanhas internas, a agência é responsável pelo informativo Torcida SBF e pelo jornal interno Campo de Notícias, através do Núcleo Editorial da HappyHouseBrasil.
Dedic usa datas festivas para incentivar funcionários
A Dedic, empresa de contact center com mais de 18 mil funcionários, prefere delegar a si mesma as tarefas de endomarketing, sem a necessidade de agências especializadas. A companhia investe 13% de sua receita em iniciativas destinadas a treinamento e educação. Uma das ações de maior sucesso e expectativa, que desde 2007 convida os filhos dos colaboradores para conhecerem o ambiente de trabalho de seus pais, entregando inclusive brindes e prêmios para os pequenos.

Recompensas e mimos para os colaboradores são comuns em datas festivas, como Dia das Mães, quando a empresa deu vale-presentes de R$ 200 para os criadores das 10 melhores respostas em um concurso cultural, ou no Dia do Operador de Telemarketing (4 de julho), quando entregou a seus 18 mil colaboradores balas de chocolate em um frasco personalizado (foto) contendo uma mensagem da empresa.

O objetivo de ações como essas, muitas delas propostas pelos próprios colaboradores, é reforçar os valores da empresa que acredita e aposta em seus funcionários. Com isso, as operações em que as campanhas são mais focadas no colaborador, apresenta os melhores resultados. “Endomarketing é envolver os funcionários com os desafios do seu negócio, fazer com que ele se sinta importante. É muito além do que simplesmente motivar”, diz Ludymilla Mattedi (foto), Gerente de Marketing da Dedic. 
“Hoje os colaboradores são mais informados sobre o negócio da empresa, sua história e objetivos, são mais participativos nas ações e programas, e mais orgulhosos por fazerem parte de uma empresa grande e inovadora. Desta forma, caminham na direção mais alinhada aos objetivos empresariais”, comenta Patrícia, da SBF.

ENDOMARKETING COMO FERRAMENTA EFICAZ PARA GESTÃO


ENDOMARKETING COMO FERRAMENTA EFICAZ PARA GESTÃO

Resumo:
Este estudo representa uma grande visão da literatura sobre o tema, descrevendo o conceito de Endomarketing ou Marketing Interno em sua importância como sendo uma ferramenta de gestão. Em seguida serão destacados argumentos que destacam a importância dos chamados clientes internos ou colaboradores. Na seqüência apresenta-se os principais instrumentos que constituem as ferramentas de ação na implantação de programas de endomarkting. No ambiente interno, a comunicação destina-se a manter o quadro de pessoal sempre informado do que ocorre na empresa, como um fator de motivação e participação.
Palavras-chave: Endomarketing – Ferramenta-Gestão Marketing-Politica Empresarial.

INTRODUÇÃO
A complexidade no atual mundo competitivo das organizações e sua interação com os ambientes têm forçado cada vez mais empresas a buscarem e aplicarem de forma mais ou menos estruturada programas internos de qualificação dos colaboradores e ferramentas de integração entre setores para ganhos qualitativos no clima organizacional no sentido de fomentar melhoria nos relacionamentos com o cliente externo. Uma das primeiras medidas que algumas empresas tomam é diminuir o gasto em treinamento e desenvolvimento esperando torna-los mais tarde, quando as coisas começarem a melhorar. Porém, a lição de casa precisa ser feita, e a empresa que implanta uma base de valores sólida e consistente consegue manter os empregados e ainda sair na frente os concorrentes. Tais ferramentas em sua maioria têm como função primordial possibilitar reflexos de melhoria em termos de qualidade de produtos ou serviços, bem como o atendimento direto ou indireto aos consumidores. Sendo assim, o retorno preteridos na qualidade e efetividade da comunicação interna devem se manifestar, também, em ganhos em termos de clima organizacional e integração grupal e multifuncional. Um conjunto cada vez mais consistente de instrumentos e ferramentas de endomarketing tem sido utilizado por organizações de portes variados, a adoção e combinação de ferramentas têm-se mostrado presente principalmente em setores de maior competição e disputa por participação de mercado. Desta forma se faz necessários alguns questionamentos: Mas o que significa Endomarketing? As aplicações de endomarketing possibilitam resultados diferenciados em termos que qualitativos e quantitativos no relacionamento com os clientes externos? Qual a reação dos clientes internos frente a tais programas?

CONCEITOS DE ENDOMARKETING
“Endo” vem do grego e quer dizer “ação interior ou movimento para dentro”, sendo assim o Endomarketing quer dizer “marketing para dentro”. É toda e qualquer ação de marketing voltada para a satisfação e aliança do público interno com o intuito de melhor atender aos clientes externos. Já para Kotler (1998), diz que o Marketing interno é como uma “tarefa bem sucedida de contratar, treinar e motivar funcionários hábeis que desejam atender bem aos consumidores”, e ainda ressalta a associação estabelecida entre o Marketing interno, o treinamento e a motivação dos colaboradores para o atendimento adequado aos consumidores. Mas segundo Bekin (1995) o “Endomarketing é a extensão da clássica função do marketing só que voltada para dentro da organização, a qual o autor define como as “ações de marketing voltadas ao público interno da empresa a fim de promover, entre seus funcionários e os departamentos, valores destinados a servir o cliente”. Podemos definir também, como sendo o conjunto de ações focadas no público interno e eu tem como o objetivo maior conscientizar funcionários e chefias para a importância do atendimento de excelência ao cliente. O termo e conceito que ele traz implícito não têm sido aceitos com muita tranqüilidade pelo mercado por pelo menos duas razões, uma de caráter corporativo e outra essencialmente filosófica, ideológica ou doutrinária. Os especialistas, sobretudo os profissionais de Relações Públicas, julgam que o endomarketing não é nada mais do que uma forma diferente de expressar (e praticar) a comunicação interna e que se trata de uma alternativa (nem tão sutil) de garantir aos profissionais de marketing a entrada em um novo campo de trabalho. Disputas corporativas à parte, é necessário atender para a outra razão, ao que parece mais relevante porque remete ao âmago da questão: a extensão do conceito de cliente (fala-se agora em cliente interno para tipificar o funcionário de um empresa ou organização) introduz uma nova perspectiva (será realmente boa?) na relação com o público interno. É que o conceito de cliente traz subjacente a idéia de um relacionamento comercial, de compra e venda, que, necessariamente, não se aplica à convivência entre determinados públicos. Na sedução do cliente, muitas vezes se utiliza de estratégias em que a transferência e a ética não são favorecidas, o que, convenhamos, se já não é saudável na relação entre uma empresa e os consumidores. Ou seja, é toda e qualquer ação de marketing voltada para a satisfação e aliança do público interno com o intuito de melhor atender aos clientes externos. Por fim, podemos concluir é que não existe unanimidade entre os mais diversos autores a respeito do tema, sendo assim, o estudo sobre Endomarketing assume a conotação de “utilização de estratégias de mercado externos adaptados ao ambiente interno das organizações com o objetivo de proporcionar ganhos e motivações tanto para a empresa como para o cliente interno”.

ENDOMARKETING COMO FERRAMENTA – SUA IMPORTÂNCIA
Endomarketing ou Marketing Interno tem se tornado uma ferramenta de extrema importância para as organizações. A razão de tal importância é porque constituiu-se em um processo cujo foco é sintonizar e sincronizar todas as pessoas que trabalham na empresa na implementação e operacionalização de ações mercadológicas. O principal benefício que se busca é o fortalecimento e construção de relacionamentos, compartilhando os objetivos da empresa e fortalecendo estas relações, inserindo a noção de que todos são clientes de todos também dentro da empresas. Antes de vender o produto para seus clientes, as empresas precisam convencer seus funcionários a compra-lo. O Endomarketing surge como elemento de ligação entre o cliente, o produto/serviço e o colaborador. Isto significa tornar o colaborador um aliado, fomentando a idéia de que seu sucesso está ligado ao sucesso da empresa. O Endomarketing deve ser trabalhado como uma ferramenta de comunicação e integração para que todos possam cumprir suas tarefas com eficiência. É importante que todos saibam a respeito dos objetivos, estratégias, metas e formas de atuação só assim é possível começar a entender os clientes externos de forma mais coerente e eficaz, diminuindo custos, tempo e possibilitando o surgimento de um clima interno mais harmonioso no qual todos compartilhem do mesmo senso de direção e de prioridade. Quando o marketing interno é bem feito, o marketing externo será muito mais abrangente. Basta perceber o que os empregados dizem nas empresas classificadas pela revista Exame como melhores empresas no Brasil para se trabalhar. Se cada empregado for multiplicador da boa imagem da empresa, os produtos fabricados por ela também serão bem aceitos pelos seus clientes. O Endomarketing possui uma importância estratégica e, neste sentido, não pode ser separado do marketing. Do ponto de vista estratégico, o endomarketing é um processo para adequar a empresa a um mercado orientado para o cliente. Deste modo, a relação da empresa com o mercado, passa a ser um serviço feito pelos clientes internos para os clientes externos. As empresas desejam crescer, conquistar mercados, manter os índices que já possuem ou, simplesmente, garantir seu lugar, sua sobrevivência para os próximos anos. O Endomarketing é, portanto, um processo que visa adequar a empresa ao atendimento do mercando, tornando-se competitiva a partir do envolvimento de seus clientes internos à estrutura organizacional. Assim o objetivo de estabelecer um clima permanente de motivação do colaborador, dando-lhe dignidade, responsabilidade e livre iniciativa é de sua importância. O autor Bekin (2004) estabelece alguns processos de motivação: - Chamamento a parcerias, à cooperação e lealdade - Valorização do indivíduo dentro do seu grupo - Reforço contínuo de uma atitude baseada em valores compartilhados - Recompensas e prêmios dirigidos ao grupo para que todos se beneficiem dos resultados positivos - Criação de um ambiente de interação dentro da empresa - Envolvimento dos funcionários no planejamento e na tomada de decisões - Estímulo à iniciativa e a atitude criativa - Delegação de poderes de acordo com a natureza da função exercida - Remuneração adequada - Integração baseada nos valores e objetivos da empresa Podemos dizer que existe um espaço bem menor entre os interesses dos empresários e dos empregados. Até algum tempo atrás, o empregado e o empregador não se encontravam e quando havia a necessidade de conversar era por meio de encarrecados, ou seja, o empregador nunca ouvia a necessidade de seu empregado e dependendo do tamanho da empresa dificilmente o empregador sabia quem eram seus empregados. Embora a cultura entre o empregado e o empregador possa ser diferente, hoje, os empresários prometem tratar seus funcionários como capital humano, oferecendo-lhes motivação no trabalho, benefícios mais atraentes, valorização em seu desempenho, ambiente saudável, horários flexíveis, estímulos no aumento de sua produtividade, etc. A opinião do público interno tem grande influência nas opiniões e perspectivas do público externo, do consumidor em geral. Partindo desse princípio, as empresas cada vez mais têm investido no endomarketing como uma estratégia de Recursos Humanos. O endomarketing existe para atrair e reter seu primeiro cliente: o cliente interno, obtendo significativos resultados para as empresas e, também, atraindo e retendo clientes externos. Essa atitude estratégica visa dar aos funcionários uma noção da importância de um serviço orientado para atender aos clientes, fazendo-os ter a capacidade de responder qualquer dúvida que surja dentro da companhia, e isso inclui envolvimento, comprometimento, valorização e, principalmente, qualificação do funcionário, visando assumir responsabilidades e iniciativas, conhecendo todas as rotinas de serviço da empresa onde atuam. Afinal, uma informação errada dada ao cliente externo ou uma imagem negativa pode comprometer todo o desenvolvimento de um projeto.

INSTRUMENTOS PARA A PRÁTICA DO ENDOMARKETING
Podemos classificar vários instrumentos que podem ser utilizados para a prática e implantação do Endomarketing. Para Requena (2003) as ferramentas do endomarketing constituem como o treinamento e o desenvolvimento, a comunicação interna e externa plena, a liderança visionaria, o fluxo de informações técnicas, entre outras. E ainda afirma que “estes e outros componentes administrativos devem ser abordados e enriquecidos quanto aos conteúdos”. Brum (1998) classifica os instrumentos operacionais que podemos utilizar: - Vídeos: institucionais ou de apresentação dos produtos (têm como objetivo colocar os clientes internos com a realidade em que seu produto é utilizado) - Manuais técnicos e educativos (seu objetivo é a apresentação de produtos, serviços, lançamentos, tendências em relação à tecnologia e a moda) - Revistas com histórias em quadrinhos - Jornal interno com a utilização de vários encartes, como, por exemplo, área de recursos humanos, projetos, produção e associação de funcionários. Pode ser utilizada, também, a versão do jornal de parede - Cartazes motivacionais, informativos e de forma de quebra-cabeça, sempre com o objetivo de passar novas informações para a equipe interna - Canais diretos: reuniões com o diretor, presidência ou ouvidor interno - Palestras internas, programas para apresentar as novidades da empresa, as tendências e a evolução que a mesma teve - Grife interna: registro em roupas (uniformes), bonés e acessórios - Memória, ou seja, o resgate da história da empresa, com o objetivo de passar da mesma, às pessoas que a desconhecem - Rádio interna - Vídeo jornal para a divulgação de lançamentos, pronunciamentos de diretores e gerentes - Intranet - Convenções internas: uso da equipe interna para divulgação de atividades. Conforme classificado, são vários os instrumentos que podem ser utilizados. E por serem vários, eles apresentam uma variação em relação ao custo (implantação e manutenção), do nível de envolvimento da coordenação (tempo dedicado para o desenvolvimento e manutenção do instrumento), da abrangência (número de funcionários envolvidos) e durabilidade (necessidade de utilização). Desta forma, uma empresa que possui pouca disponibilidade de tempo para a coordenação e implantação deste processo de Marketing interno precisa evitar a escolha de instrumentos que exijam alto grau de envolvimento da coordenação. Caso contrário, corre o risco de ter problemas no desenvolvimento do seu plano.

CONCLUSÕES FINAIS
Por fim, podemos concluir o grande avanço das empresas que ampliaram sua visão, na busca da aplicação do Endomarketing como sendo uma ferramenta de sucesso em sua gestão, pois, conforme estudo o Endomarketing é uma das soluções para os problemas de comprometimento de funcionários com a organização. Então, é necessário que a empresa priorize o plano e que haja envolvimento de sua alta administração, para que os resultados sejam alcançados, buscando a melhoria e satisfação de todos. Contudo, colaboradores insatisfeitos com as condições de trabalho e com os próprios produtos lançados, farão uma contra-propaganda cada vez que multiplicam fora da empresa a sensação de descontentamento que os dominam. Entretanto, caso estejam satisfeitos com a empresa, poderão “vende-la” para o cliente externo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BEKIN,Saul F. Conversando sobre Endomarketing. São Paulo: Makron Books, 1995 BEKIN, Saul F. Endomarketing: Como Praticá-lo com sucesso. São Paulo: Prentice Hall, 2004 COBRA, Marcos. Administração de Marketing no Brasil. São Paulo: Cobra Editora 2003 KOTLER, Philip. Administração de Marketing: análise, planejamento, implementação e controle. 2ª edição. São Paulo: Atlhas 1998 REQUENA, I. B. “Endomarketing” – elas, as pessoas Revista Cientifica de Administração, volume 1, nº1, junho/setembro 2003 AUTOR: FABRICIO CASTRO DA SILVA, 25 ANOS FORMAÇÃO: ADMNISTRAÇÃO DE EMPRESA NA FACULDADE ATLANTICO SUL/PELOTAS,COM MBA EM GESTÃO DE MARKETING NA UCPEL( UNIVERSIDADE CATOLICA DE PELOTAS) É ADMINISTRADOR DE UMA EMPRESA DO RAMO AUTOMOtIVO NO RS. TELEFONE: 053-84032865

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

O que os jovens profissionais de Marketing precisam saber?

Vontade de aprender e resultados pesam mais do que uma boa faculdade na hora da contratação

Por Rayane Marcolino, do Mundo do Marketing | 13/12/2010


Estudar em uma boa faculdade é o suficiente? Inglês fluente é um diferencial? Que cursos extracurriculares fazer? Experiência em estágio é essencial? Essas e outras questões rodeiam a cabeça dos profissionais que dão os seus primeiros passos no mercado. Porém, o que esses jovens devem ter em mente é que a vontade de aprender e contribuir com garra e idéias novas contam mais do que um currículo recheado na hora de conseguir o primeiro emprego.

O problema é que muitos jovens que entram no mercado de trabalho unem inexperiência com prepotência e preguiça, combinação fatal para qualquer carreira. “As pessoas devem entrar nas empresas com a manga erguida. Se elas chegarem com preguiça não vão se dar bem. Esse é um problema da geração Y, muitos querem ser gerentes sem antes executarem o que precisam para conquistar espaço”, afirma Adriana Cambiaghi, executiva da Robert Half, empresa de recrutamento. 

Nesse início, o que deve importar para os profissionais é o aprendizado, não o dinheiro. Humildade para aprender é vista com bons olhos pelos gestores, bem mais do que ambições financeiras. “Quem está começando não pode pensar só no dinheiro. Ele tem que vir aberto para contribuir e aprender, independente do que vá fazer. As pessoas têm que estar mais abertas para se desenvolverem”, afirma Mariângela Cifelli, Gerente da Divisão de Talent da Page Personnel.

Universidade X Experiência profissional
Ter experiências profissionais anteriores é um fator muito importante. Mesmo que esses trabalhos não tenham sido estágios na área, eles servem para mostrar a vontade e o engajamento dos jovens. “Já ter trabalhado mostra que esse jovem é diferente dos outros que fogem do que é chato, que têm medo de começar de baixo. Mas se você não passar por isso não vai aprender a resolver coisas maiores no futuro”, afirma Amália Sina, CEO da Sina Cosméticos. 

Em alguns casos a experiência profissional vale como diferencial, mesmo que a faculdade em que a pessoa tenha se formado não seja tão reconhecida. “Se o profissional fez uma faculdade de primeira linha e não teve experiências profissionais de realização e entrega de resultados, esse perfil tende a ser esquecido. Por outro lado, uma pessoa que corre atrás tende a se destacar”, afirma Adriana, da Robert Half. 

Além do terceiro grau, para trabalhar na área de Marketing os cursos de línguas são praticamente obrigatórios. O inglês, antes considerado um diferencial, hoje é quase tão elementar quanto o português. “Dizer que fala e escreve bem o português e o inglês é a mesma coisa que dizer que é honesto”, comenta Amália Sina sobre o quanto essas características são elementares. “Também não vale dizer que é intermediário. Saber intermediário é a mesma coisa que nada. Não vale para o currículo”, completa Amália. 

Comportamento do candidato
O conhecimento de qualquer idioma vale mais ainda quando vem acompanhado de uma experiência no exterior, seja com passeios, intercâmbios de trabalho ou estudantil. “Depois que ele já estiver trabalhando na área é bom se especializar com um curso de inglês para Business. No início não é essencial, mas depois pode ajudar bastante”, afirma Danielle Martins, Gerente da divisão de Vendas e Marketing da Page Personnel. Com a exigência do inglês, o espanhol passou a ser um diferencial, além de estritamente necessário quando a empresa almejada negocia com nossos vizinhos.
Outros cursos extracurriculares também são bem vindos, mas também não são essenciais. Eles podem servir como forma de mostrar aos estudantes áreas de possíveis atuações, mas também podem ser interessantes como forma de complementar sua atuação depois que eles já estiverem encaminhados em uma determinada área. 

Mesmo com um currículo impecável, na hora da entrevista de emprego, a personalidade e o comportamento do candidato são os itens mais avaliados. Por isso, são válidos aqueles velhos conselhos como usar uma roupa bem arrumada, porém, simples e discreta, além do “seja você mesmo”, já que o perfil do candidato requisitado depende muito da necessidade de cada empresa. “O que os jovens devem ter em mente é que serão recrutados para agregar energia, trazer novas tendências, dar ideias fora da caixa”, afirma Adriana Cambiaghi.


Fonte: http://www.mundodomarketing.com.br excelente site.